O meu corpo levantou-se mas eu dormia.
Os gestos automáticos,
o banho de
olhos fechados,
a chegada síncrona com o autocarro.
Quanto
menos penso, mais sonho.
Sonho acordado, roubado pelo tempo que me
consome.
Não és tu.
Não é ninguém.
É toda a gente.
Sou eu e o mundo,
eu e
uma humanidade em vias de extinção.
O meu quarto não tem janelas.
A
minha casa não tem quartos.
Está tudo de pernas para o ar.
Quem sou eu?
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