segunda-feira, 28 de maio de 2012
Este é para os 20
E quando menos esperas surge aquele momento que te faz parar o pensamento. A saudade ataca como um corda que te impede a respiração. As lágrimas, por sua vez, deixam-te um sabor a sal na boca agora fechada, e com os dentes pressionados uns contra os outros, engoles a seco. As memórias não são mais que uma roleta de imagens e frases. Lembras-te do timbre das suas vozes. Lembras-te dos abraços e dos sorrisos. Lembras-te da partilha e das emoções. Estiveste lá, no melhor momento da tua vida. Apesar das saudades, são lágrimas que sabem bem e será sempre um nó que terei muito gosto em suportar. Por isso e por tudo aquilo que as palavras não conseguem explicar, um grande obrigado.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Guardo dentro de mim o coração de uma guitarra. Esse nunca há-de morrer. Dê por onde der, poderei até estar por baixo, até estar mesmo no fundo, mas ele não me vai deixar mal. Um misto de sentimentos materializam-se em arrepios que percorrem o corpo todo. Sinto a saliva a passar cada vez mais devagar no nó que se está a formar em torno da garganta. Não há como fugir. Já me belisquei, não acordei. Visão turva.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
Fecho-me.
As folhas castanho-velho repousam no chão da calçada.
A minha visão turva deturpa o sentido da tempestade.
Fingir.
Ressacar o futuro que ainda não passou.
Sou o vazio na cama que me recusei a fazer.
Talvez a chuva leve as folhas,
recusam deixar o frio da pedra molhada.
Talvez me aventure nos caminhos sedentos de sangue,
e me abra para descobrir quem nunca me abandonou.
As folhas castanho-velho repousam no chão da calçada.
A minha visão turva deturpa o sentido da tempestade.
Fingir.
Ressacar o futuro que ainda não passou.
Sou o vazio na cama que me recusei a fazer.
Talvez a chuva leve as folhas,
recusam deixar o frio da pedra molhada.
Talvez me aventure nos caminhos sedentos de sangue,
e me abra para descobrir quem nunca me abandonou.
sábado, 5 de maio de 2012
O meu corpo levantou-se mas eu dormia.
Os gestos automáticos,
o banho de olhos fechados,
a chegada síncrona com o autocarro.
Quanto menos penso, mais sonho.
Sonho acordado, roubado pelo tempo que me consome.
Não és tu.
Não é ninguém.
É toda a gente.
Sou eu e o mundo,
eu e uma humanidade em vias de extinção.
O meu quarto não tem janelas.
A minha casa não tem quartos.
Está tudo de pernas para o ar.
Quem sou eu?
Os gestos automáticos,
o banho de olhos fechados,
a chegada síncrona com o autocarro.
Quanto menos penso, mais sonho.
Sonho acordado, roubado pelo tempo que me consome.
Não és tu.
Não é ninguém.
É toda a gente.
Sou eu e o mundo,
eu e uma humanidade em vias de extinção.
O meu quarto não tem janelas.
A minha casa não tem quartos.
Está tudo de pernas para o ar.
Quem sou eu?
quinta-feira, 3 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Ausente
Os pulmões fecham.
Olhos centrados no infinito da parede branca.
Crime? Tortura?
É a teimosia em parar e olhar para os dois lados!
Passado e futuro,
equilibrados na corda que os divide e a que chamamos presente.
As paredes sem portas, sem janelas, sem tecto.
Chuva incessante.
O calor que deixou de o ser.
Um corpo inanimado no chão do quarto.
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