terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Olhas-me.
Matas-me.
Tiras-me o ar e pedes que mergulhe.
És o mal, um mal que sabe bem.
Faz pensar, fazes-me pensar.
E no vazio lá de fora perco-me por dias
até te voltar a ver, também tu,
perdida.

O tempo pára mas ninguém percebe.
És tu, eu e um espaço sem espaço,
nosso,
quando o tempo se diz interminável.

Nada mais quero conhecer para além do cheiro do teu pijama,
quando o sol dá lugar à lua
e tudo se resume a esta falta,
de espaço e tempo.

Não, não é, nunca vai ser.
A eternidade não seria suficiente,
amar é querer sempre mais,
até faltar o ar,
e a noite não voltar a ver a luz do dia.

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