sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Conhecimento





Para os milhares de estudantes da UC, sair, estar com os amigos, ser praxado e praxar, ir a jantares de curso e muitas outras coisas são práticas regulares.
O mais comum, hoje em dia, é vulgarizar um pouco os estudantes. Quando alguém diz: "Para o ano vou para a Universidade", raramente ouvimos um comentário diferente de: "Té que vai ser! Só festas, vida boa!". Temo que, em muito boa gente, a palavra conhecimento não esteja directamente relacionada com a universidade.


Ontem tive um jantar de curso:
       - Muito álcool.
       - Muito espírito académico.
       - Muita amizade e companheirismo.


E foi aí mesmo, no meio de toda essa emoção, que encontrei conhecimento. É óbvio que para se estar na universidade é necessário ter todo um leque de bases, mas não é desse conhecimento que falo. É aquele que se encontra apenas em certos sítios, em certas pessoas. Aquele conhecimento que se chama curiosidade, interesse, dedução, imaginação e fascinação por aquilo que nos rodeia. Sem saber bem como, depois do jantar, estava imerso numa conversa com dois doutores do meu curso. A temática era física, a origem de tudo, as teorias que revolucionaram a nossa forma de ver as coisas! E ali senti-me em casa! O conhecimento não é o armazenamento bruto de informação, é esta forma de questionar o sentido das coisas, entendê-las...

Ali senti que estava no curso certo, senti aquela sensação familiar que tinha quando debatia alguns assuntos interessantes com os meus colegas e professores do secundário, senti que só depende de mim a captação de todo este conhecimento à espera de ser decoberto, senti que voltei a encontrar os carris do comboio que julguei não mais conseguir apanhar...

Vou lutar, até ao fim. 

1 comentário:

  1. Concordo plenamente com este post.

    Num destes dias, enquanto jogava às cartas e debatia assuntos de uma cadeira do meu curso com uns colegas, reparei que conhecer/aprender não se resume apenas a aulas onde tentamos captar massivamente a matéria... É talvez isso, mas muito mais. Está em nós querermos adquirir conhecimento ou não (querermos)... E é exactamente isso que reparei num jogo de cartas banal com uma conversa, que para muito podia parecer de circunstancia.

    Desculpa a invasão e o comentário grande xD
    Gostei do teu blog, estou a segui-lo. Bjs

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