terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Não há um dia que não me faça pensar. Todos os segundos to meu tempo passaram a ser caótica-mente ocupados por imagens breves que intercalam a realidade, o imaginário e as memórias. Estranho (ou não) será dizer que o imaginário é onde me sinto mais confortável. A realidade é um conjunto de cores escuras que não param. São saltos ao som de música maluca e o conforto de uma sala cheia de gente boa. As memórias são o engolir em seco na paragem do autocarro, o olhar para o vazio a partir da almofada, o vento frio das manhãs britânicas. Tudo isto unido pelo peso de uma viola às costas e um sonho longínquo nascido em céus bem mais azuis. É tudo tão lento e tão rápido ao mesmo tempo. Ainda assim , mesmo sem compreender, caminho cabisbaixo para a chuva não atingir os olhos e encaro as bestas barulhentas que ocupam as estradas dia após dia. Se dissesse que não sinto saudade das cores vivas de um outra vida estaria a mentir, mas as cordas da viola são de metal e são o melhor portal para o imaginário. Vou fazer-te chegar um pouco de mim...

Boa noite...

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