segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O ar entra mas parece não descer a garganta. Procuro uma razão para que a manhã chegue depressa, não encontro. Passo os dias a desejar os prolongar das horas para não me sentir a acordar no mesmo quarto de sempre, na mesma cama de sempre, com o mesmo sentimento de sempre. Noite, não acabes, não faças as horas passar como se segundos se tratassem. Não gosto da cor dos meus lençóis. São tecidos num tom escuro de branco que dificulta a respiração, se calhar é por isso que me custa adormecer. Preso num nó conjugado pelo tempo e pelos olhos de alguém magoado, ficou lá atrás, adormecido, quem sabe nos mesmos lençóis que na altura tingiam uma cor diferente.

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